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Principais causas, tipos e sexualidade durante a doença | OUTUBRO ROSA

Principais causas do câncer de mama

Quando falamos em câncer de mama, muitas pessoas associam seu desenvolvimento com fatores genéticos e de risco, como mulheres com histórico familiar de câncer e fatores como idade avançada. Essas informações, porém, não significam um diagnóstico pré estabelecido da doença, não podemos generalizar, cada organismo é particular e age de maneira diferente. Veja alguns fatores associados a um risco aumentado de câncer de mama:

  • Ser mulher: apesar de ser possível homens terem câncer de mama, mulheres têm maiores chances de desenvolverem a doença;
  • História pessoal das condições da mama: há um risco maior do câncer se anteriormente foi encontrado um carcinoma lobular in situ ou hiperplasia atípica na mama em exame de biópsia;
  • Histórico de câncer de mama: se a paciente já foi diagnosticada com câncer de mama em um dos seios, há maiores chances do desenvolvimento do tumor na outra mama;
  • Hereditariedade de câncer de mama: pacientes que têm a doença no histórico familiar têm maior risco de também a desenvolverem;
  • Genes herdados que aumentam o risco de câncer: certas mutações genéticas que aumentam o risco do câncer de mama podem ser passadas de pais para filhos. As mais conhecidas são as BRCA1 e BRCA2;
  • Avanço da idade;
  • Exposição à radiação em tratamentos no peito quando criança ou jovem adulto;
  • Obesidade;
  • Primeira menstruação precoce;
  • Entrada na menopausa em idade avançada;
  • Nunca ter engravidado ou ter passado pela primeira gestação após os 30 anos;
  • Uso de medicamentos de terapia hormonal pós-menopausa;
  • Consumo de bebidas alcoólicas.

Principais tipos de câncer de mama

O câncer de mama também pode se manifestar de diversas formas, por isso conhecer seus principais tipos ajuda a compreender melhor o que está acontecendo, sendo que entre os mais comuns estão:

  • Carcinoma ductal: é o tipo mais comum de câncer de mama, esse tumor se forma no revestimento de um dos ductos mamários, que carregam o leite materno dos lóbulos até o mamilo;
  • Carcinoma lobular: Apresenta dois tipos de tumores: o carcinoma lobular invasivo, desenvolvido nos lóbulos mamários, e o carcinoma lobular in situ, tradicionalmente é considerado um marcador de risco para desenvolvimento do câncer de mama, podendo ser um precursor não obrigatório do carcinoma invasivo;
  • Tecidos conjuntivos: apesar de raro, em alguns casos o câncer de mama pode começar no tecido conjuntivo, que é composto de músculos, gordura e vasos sanguíneos. Esse tipo pode também ser conhecido como sarcoma, tumor ou angiossarcoma.

A sexualidade durante a doença

É comum que, infelizmente, com diagnóstico positivo do câncer de mama, algumas inseguranças despertem na paciente sobre seu próprio corpo; afinal, é comum surgirem dúvidas sobre o tratamento e as mudanças em sua aparência física. Essas questões podem acabar afetando a autoestima da mulher e refletindo na sua vida sexual.

Dessa forma, é muito importante que, durante o tratamento da doença, a paciente tenha acompanhamento profissional sobre o assunto e sinta-se confortável em sua vida íntima. Além disso, algumas dicas podem ajudar nesse processo:

  • O acompanhamento psicológico é imprescindível;
  • A prática de atividades físicas não apenas auxilia na produção de hormônios responsáveis pelo bem-estar como também melhora o condicionamento físico e a qualidade de vida;
  • Invista em acessórios e explore sua imaginação;
  • Para auxiliar no combate à secura vaginal, converse com seu médico e solicite a receita de um medicamento que potencialize o efeito da lubrificação.

Autoexame é autoamor

Quando o assunto é Câncer de Mama, um toque pode, definitivamente, mudar tudo. Uma pequena ação, que parte de uma iniciativa tão íntima e individual, tem o poder de salvar uma vida, a sua vida. O diagnóstico precoce do câncer de mama aumenta a sobrevida das mulheres em comparação com o diagnóstico de tumores em fase avançada, e é uma das formas mais lindas de autocuidado e amor próprio que você, mulher, pode ter consigo mesma. Aproximadamente 80% dos tumores são descobertos pela própria mulher ao apalpar suas mamas.

Por que realizar o autoexame?

  1. Não dói;
  2. É totalmente gratuito;
  3. É fácil, não demandando de nenhuma técnica ou cuidados especiais;
  4. É bem rápido;
  5. Pode salvar a sua vida.

O que identificar

Durante o autoexame, é possível verificar se há indício de alguns dos sintomas, como por exemplo:

  1. Nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor: é a principal manifestação da doença, estando presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher;
  2. Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja;
  3. Alterações no bico do peito (mamilo);
  4. Pequenos nódulos nas axilas ou no pescoço;
  5. Saída espontânea de líquido anormal pelos mamilos.

O autoexame das mamas deve ser realizado mensalmente por todas as mulheres a partir de 21 anos, sete dias após a menstruação quando as mamas estão mais flácidas e indolores. Sendo que após a menopausa, deve-se definir um dia do mês para realizar o exame sempre com intervalo de 30 dias. 

Não se esqueça da mamografia

É muito importante continuar reforçando a necessidade das mulheres realizarem a mamografia a cada dois anos, pois mesmo com fortes campanhas de saúde, pesquisas mostram que o câncer de mama é o mais comum entre as mulheres no Brasil e no mundo. As mulheres com mais de 50 anos são as mais propensas a desenvolver este tipo de câncer, cerca de quatro em cada cinco casos ocorrem a partir desta faixa etária. Mas, este quadro tem mudado, com aumento na incidência da doença em mulheres jovens na última década. Em mulheres com menos de 35 anos, a incidência no Brasil hoje está entre 4% e 5% dos casos. 

Segundo os especialistas, o câncer de mama não tem uma única causa. Vários fatores podem aumentar o risco do surgimento da doença, como questões endócrinas, fatores hereditários e genéticos, história reprodutiva, dentre outros, por isso é essencial estar sempre em alerta aos sintomas e possíveis indícios.

Muitas mulheres acabam não realizando o autoexame, muito menos a mamografia, pois têm medo de descobrirem a doença e precisarem começar um tratamento muito invasivo, mas com o avanço da medicina nas últimas décadas, hoje há mais conhecimento sobre as variadas formas de apresentação do câncer de mama, o que aumenta a chance de cura, principalmente se o diagnóstico for realizado no início da doença, pois o tratamento tem maior potencial curativo, ou seja, quanto antes for descoberto o tumor, menos invasivo e mais eficaz será o tratamento.

Previna-se. Toque-se. Cuide-se. Ame-se.


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